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Eliane Robert Moraes é a maior estudiosa de literatura erótica e pornográfica no Brasil, com uma biblioteca pessoal de aproximadamente 10 mil livros, incluindo obras eróticas. Eliane se destaca por suas contribuições sobre o tema. A pesquisadora aprendeu francês para ler as obras do Marquês de Sade em sua língua original e defende que a pornografia literária deve ser livre, avaliando-a pela qualidade literária e não pela quantidade de obscenidades em um texto.
Moraes é professora universitária aposentada e deixou um legado entre muitos jornalistas que passaram pelo curso na PUC. Apesar de ser reconhecida como crítica literária da indústria pornográfica, ela mesma se coloca como crítica das imagens produzidas nesta indústria audiovisual. Para Moraes, o estudo da pornografia literária deve tratar da mistura entre obscenidade e filosofia.
No ano de 1984, publicou seu primeiro livro, “O que é pornografia”, em conjunto com Sandra M. Lapeiz, que é um convite ao leitor iniciante para se aprofundar nesse universo fascinante. Além do Marquês de Sade, outra escritora que está entre as favoritas de Eliane é Hilda Hilst.
Eliane Robert Moraes nasceu em São Paulo em uma família criada na mistura da Suíça com a Bahia. A pesquisadora se coloca como uma das maiores beneficiárias da revolução sexual dos anos 60 e 70 e destaca que o estudo da pornografia não deve ser confundido com o ativismo no passado. Segundo ela, discutir sobre pornografia e erotismo é saber lidar com o alto e o baixo, compreendendo que a pornografia pode ser considerada algo baixo – amoral, escancarado e rasteiro -, enquanto o erótico é percebido como sofisticado, intelectual e velado. A crítica literária finaliza destacando que avaliar as obras pornográficas não trata somente dos palavrões utilizados, mas sim da qualidade literária dessas obras.
Quem? | Eliane Robert Moraes, crítica literária e professora da Faculdade de Letras da USP |
O que? | Possui uma biblioteca pessoal com cerca de 10 mil livros, incluindo uma coleção de obras eróticas, destacando-se o escritor francês Marquês de Sade. |
Por quê? | Descobriu a obra do autor nos anos 80, durante a graduação em ciências sociais, o que a levou a estudar e escrever sobre erotismo e pornografia por mais de três décadas. |
Como? | Aprendeu francês para ler as obras do autor no idioma original e defende que a literatura pornográfica deve ser avaliada pela qualidade literária, não somente pela quantidade de obscenidades. |
Outras informações | É uma das maiores pesquisadoras brasileiras no assunto e é respeitada mundialmente por suas contribuições sobre o tema. Também é professora aposentada da PUC e deixou um legado entre muitos jornalistas que passaram pelo curso. |